terça-feira, 4 de novembro de 2008

Atividade 1

  • Atividade 1

QUEM SOU COMO PROFESSOR E APRENDIZ

Estamos inseridos num momento em que o conhecimento como tantos outros conceitos precisa ser revisto. A sociedade atual exige conhecimentos, uso de tecnologias e metodologias adequados à sua época, uma época de incertezas. Incertezas porque remete ao fato de que, até e inclusive, o conhecimento é algo perene, incerto, reconstruído. A todo o momento somos exigidos de que, junto com as tecnologias e com o conhecimento, nossas ferramentas escolares (saberes) estão obsoletas. Não conseguimos acompanhar a demanda de tanta informação, de tanta tecnologia, de tanta transitoriedade. Estar atualizado requer não só tempo como compreensão, metodologias e competências. Ser professor significa ser aprendiz. Eternos aprendizes na arte de não só formar pessoas como também estabelecer estratégias diante de todo um contexto desfavorecido em recursos materiais, tecnológicos quanto em formações continuadas. Ser professor num ambiente escolar significa travar eternas alfabetizações... Alfabetizações digitais, tecnológicas, de conhecimentos, de relações humanas. Somos seres em busca de entendimento mas também de articulações. Precisamos estar articulados com o nosso aluno, nossa realidade, nosso entorno, nossas tecnologias (disponíveis), nossos materiais (sucateados), nossa formação continuada. Muitas são as alfabetizações que nos desafiam diariamente. E isso requer não só a lucidez de vislumbrá-las quanto de buscar e conseguir obter tal enfrentamento. Se o aluno precisa mudar, está sinalizando mudanças, o professor está no mesmo patamar. Precisamos urgentemente novos paradigmas, novas conquistas. Nada acontece por acaso. A transformação ocorrerá neste âmbito de conflitos. Conflitos de conhecimentos, de formações, de metodologias, de alfabetizações...

A escola não é o local único e privilegiado no que se refere à aprendizagens. Qualquer campo em que estamos inseridos favorece a aprendizagem. Temos muitos modelos de aprendizagens. E talvez, a maioria, não seja produtivo, satisfatório. A excelência em aprender está no ser humano, não na escola. Há muitas escolas. E tais ambientes muitas vezes não satisfazem seu alunado, pois desconhece ou desvincula seus saberes de suas respectivas realidades. Precisamos estar atentos aos nossos alunos, aos fracassos escolares, à evasão escolar, ao tédio... Precisamos vincular conhecimento com capacidades, ou seja, competências. Para tanto é preciso estar intencionalizando algumas estratégias no ensino-aprendizagem:


  • Competência para aquisição do conhecimento


  • Competências para a interpretação da informação.


  • Competências para a análise da informação.


  • Competências para a compreensão da informação.


  • Competências para a comunicação da informação.


Precisamos saber lidar com o conhecimento. Transformar uma sociedade exige muitas criticidades, dentre elas, a própria criticidade desse conhecimento desenvolvido na esfera escolar. O mundo atual apresenta muita informações, muitas formas diferenciadas de conhecimentos. É preciso também universalizar nossas metologias, transformá-las em ferramentas ricas de interpretações. Favorecer o ensino dentro de uma dinâmica de incertezas, de perguntas, de inquietações. Já passou o tempo em que entregávamos as aulas prontas, absolutas. Hoje, necessitamos de várias verdades, vários argumentos, idéias, posições, perguntas. Leituras e mais leituras. Interpretações e interpretações. Conhecimentos e conhecimentos. Tudo é passível de novas abordagens, de aquisições. Há muitas formas de aprender. Há muitas formas de ensinar. Não somos donos do conhecimento e nem temos a pretensão de ser os donos da verdade. Ser professor é ser mediador, facilitador, um elemento indispensável na construção dos diversos entendimentos do dia-a-dia.


Um comentário:

Curso - TICs disse...

Nilzo!
Colocas tão bem em teu texto que somos os mediadores de conhecimentos os norteadores, ao contrário do que víamos no passado. O professor abre caminhos, mostra aos alunos o norte,acessorá-o,mas ele que deve construir.Se continuarmos dando o peixe e não ensinarmos a pescar nada evoluirá...Eis uma das reflexões...
Margarete Curto Schütz
NTE-Cachoeira do Sul